quinta-feira, 7 de outubro de 2010


Os Grandes Festivais da TV
Finalmente falaremos nesta coluna sobre um assunto que muitos leitores queriam que eu falasse...Os grandes festivais de música que marcaram uma época, não só na história da televisão, como a do país. Não é brasa, mora? Então é hora de agitarmos nossas memórias e irmos no balanço dos festivais!
Shows e musicais
Não podemos deixar de lado os musicais e shows que prepararam o povo e o meio televisivo para a entrada dos grandes festivais. Tudo vem, com certeza, da herança da Era do Rádio. As "Cantoras do Rádio", o "Ring Musical" da Rádio Record e os programas musicais são pais do gênero na mídia, já que antes disso tudo no jornalismo não se tinha como utilizar um som. Outro importante fato é a criação do disco de vinil (78 rotações) no Brasil, já que a maioria vinha do exterior. Um dos primeiros, se não for o primeiro brasileiro, foi o do primeiro samba do mundo: "Pelo Telefone", de Sinhô. Antes do vinil só existia a pianola e a caixa de música, que apenas davam ao receptor a possibilidade de cantar junto ao som e não ouvir a voz cantada e o instrumento reproduzido. Nem cheguemos mais longe ainda, pois teríamos que falar dos shows, operetas, musicais e as partituras vendidas para o público tocar e cantar em casa.
Mas voltando ao surgimento da televisão, aos poucos o gênero musical foi invadindo o meio. As emissoras de São Paulo e do Rio de Janeiro já estavam promovendo seus shows e musicais... Desde suas inaugurações! Exemplo disso está na inauguração da Tupi, da Record e da Excelsior. Mas o gênero musical aumentou mais ainda no início da década de 60. A Tupi tinha seu "Festival Cinzano da Canção Brasileira", a Record o "I Festa da Músical Popular Brasileira" e "O Fino da Bossa" (programa musical que inicialmente começou no centro acadêmico da Universidade Mackenzie), a Excelsior a "Cancioníssima-63" e "Noites da Bossa Paulista", a TV Rio tinha "A Mais Bela Canção de Amor", "Um Cantor por um Milhão", "Um Milhão por uma Canção" (os dois últimos no programa "Noite de Gala", que lançou Flávio Cavalcanti na TV). Isso tudo além dos festivais regionais de música que aconteciam por todo país.
Hora de começar
O público aplaudia e gostava do que via nos shows e musicais da televisão. Inspirado no Festival de San Remo, o profissional Solano Ribeiro, junto com os jornalistas Franco Paulino e Moraci do Val junto os músicos de São Paulo e Rio de Janeiro para fazer um grande festival de música. A inspiração em San Remo veio de Solano Ribeiro, que reparou que nas rádios da época entupiam-se de músicas italianas após este festival. O Boni, que era da TV Excelsior na época, chamou Solano Ribeiro para dirigir a programação da emissora...Nem sabia ele o que viria pela frente.
E foi com o patrocínio das Lojas Eduardo que eles juntaram Rio e São Paulo para criar o "Primavera Eduardo É Festival de Bossa Nova", onde pela primeira vez apareceu o nome "festival". Foi neste que Elis Regina começou.
Mas eles queriam mais... Queriam ficar mais próximos do de San Remo. Foi quando um grande número de jovens se inscreveu para o "I Festival de Música Popular Brasileira", que a mesma TV Excelsior realizou no ano de 1965. O Brasil entrava assim na onda dos festivais, acompanhado pelo piano de Amílson Godoy. Elis Regina novamente foi a revelação do festival, ganhando com a música "Arrastão" de Edu Lobo e Vinicius de Moraes. Este final aconteceu em 6 de abril de 1965, com Elis Regina ganhando o prêmio "Berimbau de Ouro" no Guarujá (SP).
Neste "I Festival de MPB", nosso amigo David Grimberg ajudou na produção e foi responsável por ajudar Elis Regina a pular o muro dos fundos para entrar no local da transmissão, já que uma multidão de fãs não deixavam ela entrar pela porta da frente.
Elis trabalhava na TV Rio, quando Solano Ribeiro a convidou para trabalhar na Excelsior em São Paulo. Mas Edson Leite (criador dos bonecos "Ritinha e Paulinho"), superintendente do canal 9 achou besteira contratá-la. Foi nesta recusa que a Excelsior perdeu uma grande chance. A TV Record contratou Elis e ela fez grande sucesso com seu programa "O Fino da Bossa" (mais tarde Jair Rodrigues apresentaria ao lado de Elis). Era o "nascimento" de uma poderosa TV Record.
Os Festivais da Record
A Record lança para a história televisiva a moda do "iê iê iê" (Erasmo, Wanderléia, Roberto Carlos, Antonio Marcos, Vanusa, Celly e Tony Campello, ...), a Jovem Guarda e a Tropicália. Com estes três elementos ela chega a líder de audiência, graças aos seus festivais - que foram promovidos por Solano Ribeiro, que havia deixado a TV Excelsior.
Se consagrou com o slogan "Record, a emissora dos musicais", porque além dos festivais ela continuava a promover shows com astros internacional, como Marlene Dietrich, Louis Armstrong, The Platters, Sammy Davis Jr., Frank Sinatra e tantos outros que lotaram o Teatro Record. Foi a Record que lançou programas como Bossaudade e Jovem Guarda (com Roberto Carlos).
Momentos Históricos
Na história dos festivais há um momento que não será esquecido. Em 10 de outubro de 1966 no "II Festival de MPB", realizado pela TV Record, Jair Rodrigues - que interpretava a música "Disparada" de Geraldo Vandré e Theo de Barros (que ainda tocou sua viola), acompanhado de Hermeto Pascoal no piano e completado Quarteto Novo, Nanini (percursão) e o Trio Maraya - competiu lado a lado com Nara Leão e Chico Buarque - interpretando sua música "A Banda". O público ficou indeciso com seus gritos e aplausos, metade queria consagrar "Disparada" como a vencedora, a outra metade queria "A Banda"... O mesmo acontecia com os jurados. Historicamente tiveram que dividir o título ao meio.
O festival de 1967 entraria para a história dos Grandes Festivais por possuir um grande número de músicos de boa qualidade, desde Chico Buarque à Roberto Carlos, passando por Gilberto Gil (neste ano nasceu a Tropicália), Edu Lobo, Johnny Alf, Mutantes, entre outros. Mas neste mesmo festival cobriram os auditórios de vaias quando Jair Rodrigues foi desclassificado por causa de uma pequena torcida da gravadora e foi classificada a música "Beto Bom de Bola" de Sérgio Ricardo, que mostrava-se desafinado e com altos e baixos na melodia de sua música. No final do concurso as vaias aumentaram e Sérgio Ricardo, com muita raiva quebrou seu violão na perna e tacou-o na platéia. Naquela edição do festival começaram a surgir os protestos com tempáticas revolucionárias, anti-ditadura militar. A censura começou a pegar no pé com mais firmeza...
E 1968 foi o ano do Tropicalismo nos festivais da Record, daí surgiu Tom Zé, que foi campeão com "São São Paulo Meu Amor" ao lado de Chico Buarque com "Bem Vinda". O último festival foi em 1969, o IV Festival de Música Popular Brasileira, que foi vencido por Paulinho da Viola e sua música "Sinal Fechado". Depois disso acabaram-se os festivais da Record e a emissora optou por reformular seu modelo de festival e criar a Bienal do Samba (a primeira aconteceu em 1968).
No ano seguinte vários incêndios se espalharam pelos estúdios das emissoras do Rio e de São Paulo, como também em seus teatros (exemplo disso é o caso do incêndio no Teatro Record - a emissora sofreu três incêndios em menos de um ano).
Outros Festivais
A Excelsior em 1966 deixaria de fazer o Festival de Música Popular Brasileira, como já disse aqui, e criaria o "I Festival da Nova Música Popular" (chamada pela própria também como "II Festival de MPB", como o que já acontecia na Record) e depois criou o "Brasil Canta" (em São Paulo) e "Brasil Canta no Rio", que revelou Taiguara.
A Secretaria de Turismo da Guanabara criou em 1965 o "FIC - Festival Internacional da Canção", que teve sua primeira realização feita pela TV Rio em 1966. O primeiro consagrou Nana Caymmi com "Saveiros" de Nelson Motta e de seu irmão Dori Caymmi. A partir do II FIC, a Globo foi a responsável - até 1972 quando ele foi extinto.
Foi através do FIC que Milton Nascimento, Beth Carvalho, Golden Boys, Belchior, Zé Rodrix, Jorge Ben (na época sem o segundo "jor") Edmundo Souto, Baden Powell, Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi, Ednardo, Cynara e Cybele (que depois seriam responsáveis pela criação do "Quarteto em Cy", Paulo Sérgio Pinheiro, Tom Jobim e outros se consagraram. O FIC conseguiu mais força ainda quando Solano Ribeiro passou da Record para lá, ao lado de seu produtor Renato Corrêa e Castro em 1968. O FIC tinha até hino, composto por Erlon Chaves.
A TV Globo naquele ano finalmente fez com que o FIC ficasse para história quando transmitiu com muita ousadia músicas anti-ditadura, como "É Proibido Proibir" de Caetano Veloso, "Questão de Ordem" de Gil e principalmente "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", que virou hino da luta contra a ditadura militar ("Caminhando e cantando e seguindo a canção..." - a música impressionou o povo mais ainda no Maracanãzinho, por ter sido cantada apenas por Vandré e acompanhado só do violão, mais nada, nem ninguém). A platéia quase chegou a agredi-los. Foram perseguidos após baterem de frente com o AI-5 (Ato Inconstitucional n.º 5, imposto pelo Presidente Costa e Silva). E o resultado foi o exílio da maioria dos cantores da época...Gil, Caetano, Chico Buarque, entre outros foram para o exterior, sem esquecer dos políticos e líderes de movimentos revolucionários. A vitória de "Sabiá" de Tom Jobim no lugar de "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores" é considerado por muitos como uma vitória injusta. Talvez seja por causa desta música que Tom Jobim seja taxado por muito como alguém que ficou omisso ao movimento anti-ditatura na classe artística da qual fez parte até sua morte. Solano Ribeiro até disse uma vez ao Jornal da Tarde que "houve uma forçada de barra, sim", quando se referiu à vitória de "Sabiá". Outra coisa que marcou o FIC era a frase do apresentador Hilton Gomes: "Boa sorte, maestro!".
Com a saída dos grande nomes, o festival começava a perder a graça. A censura no FIC fez com que Solano Ribeiro deixasse os festivais, sendo que Nara Leão também fosse impedida de participar do júri de 1972. A última edição revelou Raul Seixas, Maria Alcina, Fagner, Jorge Ben, Sérgio Sampaio, Belchior, Alceu Valença, Ednardo e outros. Mesmo assim não conseguiria mais resistir.
A Tupi se preocupou com os festivais a partir de 1968 quando realizou o "I Festival Universitário da Música Popular Brasileira", que durou até 1972. Neste surgiram Gonzaguinha, Aldir Blanc, Alberto Land, César Costa Filho, Clara Nunes, Ivan Lins, Waldemar Correia, Lucinha Lins (como Lúcia Maria, por ser menor de idade e ter que forjar até sua identidade), Taiguara, Walter Franco, entre outros. A emissora só volto a investir em festivais em 1979, um ano antes de sua falência, com o "Festival de MPB da Tupi", quando Fagner foi campeão com  a música "Quem Me Levará Sou Eu".
A Excelsior e a Tupi faliram, a Record não pensou mais no gênero; depois do FIC a Globo tentou com outros festivais também, como o "Abertura" (1975), "MPB-Minister" (1980), "MPB-Shell 81" (1981), "MPB-Shell 82" (1982), "Festival dos Festivais" (1985) e depois de um tempo lançou o "Globo de Ouro" que seria a saída para quem ainda gostava dos festivais, este acabou em 1990 e revelou talentos como Lobão, Legião Urbana, Titãs, 14-BIS, Blitz e Eduardo Dusek; a Manchete lançou seus musicais e a Band também (os do Chico Buarque foram de sucesso); a Cultura lançou o seu "Bem Brasil" e a MTV "nasceu para tocar música" para o jovem. Programas musicais começaram em todos os canais, até na Gazeta e no SBT, como no "Sabadão".
A Globo em 1999 lançou o programa "100 Anos de MPB", que deu "Carinhoso" como a campeã e em 2000 lançou o "Festival da Globo" (apresentado por Serginho Groismann), mas não obteve repercussão e não consagrou nenhum talento como antigamente. Nunca mais existiram festivais como os antigos que mexeram com a história e com a cabeça do povo brasileiro. Vamos ver o que surgirá daqui pra frente...
E vamos ficando por aqui novamente. E deixo vocês com "Arrastão", a primeira música a ganhar um dos grandes festivais de MPB.
"Arrastão
    (Edu Lobo / Vinícius de Moraes - Intérprete: Elis Regina) Eh! Tem jangada no mar Eh! Eh! Eh... Hoje tem arrastão Todo mundo pescar... Chega de sombra João Olha o arrastão entrando no mar sem fim Eh! Meu irmão me traz lemanjá pra mim Minha Santa Bárbara me abençoai Quero me casar com Janaína Eh! Puxa bem devagar
    Eh! Eh! Eh...
    Já vem vindo o arrastão Eh! A rainha do mar Vem, vem na rede João pra mim Glória de Deus Nosso Senhor do Bonfim Nunca jamais se viu tanto peixe assim..."
TV Leitor
- Sobre a coluna da semana passada, gostaria de agradecer os comentários de meus colegas do Sampa On Line João Wiegerinck ("Comportamento") e Luiz Fernando Bindi ("Futebol"). Ao João, obrigado por dizer que meu artigo estava "objetivo, bem pesquisado e primorosamente escrito". Fico satisfeito que desta forma eu tenha conseguido ampliar, discutir e aprofundir a discussão proposta pela sua coluna na semana anterior. Agora quanto ao Luiz Fernando: será que esta minha coluna da semana passada respondeu suas perguntas sobre "A Presença de Anita"? Se faltar algo que você gostaria que eu te respondesse, é só me falar novamente.
 
- O leitor Eduardo Furtado indica a todos a exposição de lançamento da novela "As Filhas da Mãe", da Rede Globo (19h) que está acontecendo no Morumbi Shopping. O lançamento já aconteceu, mas a exposição continua.
 
- Ao ator e também leitor Vinícius Costa Rocha gostaria de avisá-lo que estou pesquisando mais sobre o que você me pediu sobre "Meu Pé de Laranja Lima" da Tupi. E quando estiver pronto, falarei aqui e farei justiça sobre o seu pedido. Aguardem, leitores. Enquanto isso quem se lembrar do Vinícius, me mande informações.
 
- Leitores, eu iria finalizar esta coluna nesta terça-feira, mas não consegui. Tive que deixar para depois, pois foi chocante o que aconteceu nos Estados Unidos neste dia. Não conseguia parar para pensar como iria escrever a coluna "Televisão". Me desculpe a honestidade, mas mais uma vez tenho que dizer que o problema da nossa televisão não é fruto do nada, o mundo inteiro passa por uma má fase e o que acontece é uma conseqüência de todo esse contexto. Deus queira que tudo acabe bem e que o Brasil não saia tão prejudicado nesta. Economicamente é quase inevitável se dizer que sairemos ilesos disso tudo, mas belicamente espero que não tenhamos parte em nada. É nesta hora que temos que pensar na paz mundial. Se nem todos pensam nisso, pelo menos nós temos que pensar. A guerra é apenas a forma mais fácil de se acabar com estas diferenças, mas rezo para que a paz encontre novas formas de acabar com isto. Formas pacíficas mesmo. E que os meios de comunicação ajudem a resolver este impasse, sem derramar mais sangue. É horrível e lamentável escrever sobre isso tudo, mas é preciso. Ainda é difícil acreditar que aquele "filme" que assistimos por todo dia 11 de setembro tenha sido verdadeiro. Queria eu que fosse mais um conto interpretado por Orson Wells, que fosse uma "Guerra dos Mundos" assustadora, mas falsa. Não nos apavoremos, tenhamos esperança que tudo vai acabar bem para os brasileiros e para o mundo também.
 
- Ah, eu vou ter que falar mais da minha turminha do Sampa On Line, leitores...Agora vai a mensagem à Nereide Schilaro Santa Rosa, que escreve a coluna "Memórias da Dona Guiomar". Na semana passada ela escreveu sobre a Festa da Uva em Jundiaí. Vocês sabiam que foi nesta mesma festa (mas na realizada em Caxias do Sul - RS), em 31 de março de 1972 que os brasileiros puderam ver em suas casas as primeiras imagens coloridas? Quem fez esta transmissão foi a TV Difusora, canal 10 de Porto Alegre, em conjunto com diversas emissoras da região que distribuíram seu sinal para as principais redes de TV do país, entre elas a Tupi, a Globo e a Record, que mandaram alguns de seus apresentadores e atores para participarem da Festa da Uva de Caxias.
 
- Vou ficando por aqui. Um grande abraço! Até semana que vem, pessoal! E continue plugado na gente!
 

Imagens
Caetano Veloso canta "Alegria, Alegria" no III Festival de MPB. Arquivo Rede Record (1967). Jair Rodrigues, Nara Leão e Chico Buarque comemorando a vitória no II Festival de MPB. Arquivo Rede Record (1966).
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Uma publicação Sampa Online ( http://www.sampaonline.com.br )
Os Festivais de Luz do Ano
Em cada lua cheia do ano ocorre um grande derramamento de luz e de energias de bênçãos para a humanidade. Durante cada ano, ocorrem doze ou treze plenilúnios, o que indica doze ou treze desses festivais de Luz, cada um com uma força energética especial, que tem correspondência direta com o signo do zodíaco atuante na época.

De todos os festivais do Ano, existem três que são os mais importantes, são as épocas onde as energias da: espiritualidade, transmutação e iluminação são derramadas com maior potência, e são as épocas em que os trabalhadores da luz devem se organizar em trabalhos específicos para ancorarem essas energias. São eles:

Festival da Páscoa: Lua Cheia de Áries
Representa o Festival do Pai e trabalha a energia da morte e ressurreição. É o festival da ascensão e ressurreição de mestre Sananda (Jesus). Trabalha o primeiro raio: da fé, coragem, firme propósito, vitória, vontade e determinação.

Festival do Wesak: Lua Cheia de Touro
É o festival da iluminação de Buddha. Representa o Festival do Filho na santíssima trindade. Trabalha a energia da ascensão, iluminação. Ancora a energia do segundo raio: sabedoria, amor e consciência.

Festival da Humanidade: Lua Cheia de Gêmeos
É o festival do Mahachoan (atualmente St. Germain). Representa o Festival do Espírito Santo, na trindade. Trabalha a ancoragem da ascensão através da energia do 3o raio: inteligência divina, consciência plena, conexão com o fluxo e fonte do universo.

Esses três festivais espirituais são os mais importantes de todo o ano. São datas onde as pessoas que estão conectadas com a energia da hierarquia espiritual podem receber várias bênçãos, iniciações e graças dos mestres ascensos, arcanjos e seres de luz da hierarquia divina cósmica e planetária.

Segundo os mestres da grande hierarquia divina, os Festivais de Luz terão um grande peso na transição da humanidade para a Era de Ouro.
Desde o ano de 2002, os mestres dos 7 raios passaram a intensificar a manifestação dessas energia em nosso planeta.

Desde o ano de 2006, os Festivais de Luz passaram a ter importância vital na ascensão da Terra e de seus Habitantes.

Por isso, é de importância absoluta que os discípulos se reúnam e participem dos Festivais de Luz realizados pelos mestres da hierarquia que ainda se encontram encarnados no planeta Terra.

O maior e mais importante desses festivais realizados na Terra, era o Festival do Wesak realizado por Dr Stone todos os anos em Mt Shasta.
Desde o ano de 2001 esta cerimônia, (juntamente com os outros dois festivais Páscoa e Wesak) passou a ser realizado no Brasil, pelo ADONAI & Universidade I am – BR, sendo facilitados pela mestra da Universidade I am e ashram da síntese Joanita Molina.

Umas das coisas mais impressionantes sobre essas Celebrações são que elas são “Eventos de síntese”! O que significa que são para pessoas de todas as crenças, caminhos espirituais, pois é um momento de encontro de todos os mestres espirituais, Arcanjos, Anjos, Elohins, Seres extraterrestres de luz, etc... Ou seja, é o momento de encontro de toda a hierarquia cósmica e planetária para oferecer bênçãos aos habitantes da Mãe Terra.

Essas cerimônias são de fato uma reunião da família espiritual na qual estamos todos envolvidos! Todos estão incluídos, pois é um festival de energia divina que manifesta o amor, a sabedoria e a unidade do todo! O sentimento de irmandade espiritual nestes eventos é impressionante!

Cada pessoa que participa de um dos festivais é espiritualmente ativado no seu potencial mais elevado! Neste evento, devido a sua natureza única, “graças especiais” são concedidas e essas energias continuam atuando por um ano inteiro, ativando o potencial do ser em todas as áreas de sua vida.

Desde o ano de 2005, a hierarquia de luz, começou também a derramar as bênçãos de luz dos outros festivais dos 7 raios de luz.

O Adonai – I am University Brasil, foi o primeiro grupo de trabalhadores da Luz a realizar os 7 festivais de luz, de forma integrada e totalmente direcionada pelos mestres dos 7 raios na Terra. Isso é uma benção grandiosa para essa grande família de luz, pois uma das missões mais importantes dos cavaleiros de ouro é trazer e ancorar a energia dos festivais de luz para a Terra.

A realização dos Festivais de luz trouxe uma consciência incrível para aqueles que participaram dos mesmos, e foi uma grande facilitação para que os discípulos de luz galgassem degraus mais altos em suas jornadas iniciáticas.

No ano de 2006, foi realizado pela primeira vez, o festival do 8º raio de luz, trazendo a energia desse raio superior, pela primeira vez, ao planeta.

No ano de 2007 foram realizados os 8 festivais de luz e um nono festival: Festival de Luz de Gaya, que trabalhou com a energia de Gaya/Mãe Terra, devas da natureza, e a missão de cada um no projeto de Luz da Terra.

Nesse festival de luz foi aberto o ashram do plano interno de Lady Gaya com sua externalização no físico da Terra. Esse ashram é externalizado em 4 locais do planeta e um desses locais é o Ashram de Gaya no Espaço ADONAI I AM- Campos do Jordão.

No ano de 2008 e 2009 foram realizados os 9 festivais de luz, ancorando integralmente esses divinos raios de luz através dos trabalhadores de luz que foram os cálices para acolher as energias desse festival.

No ano de 2010 serão realizados os 9 festivais de luz do ano novamente!

A participação nos festivais de luz, além de ser um trabalho de suma importância para o processo de desenvolvimento espiritual e ascensão, é também um serviço de luz que o individuo presta ao planeta e à hierarquia de luz.



* Festival da Páscoa: Lua Cheia de Áries

* Festival do Wesak: Lua Cheia de Touro

* Festival da Humanidade: Lua Cheia de Gêmeos

No Palco, os Festivais

Entre Aplausos e Vaias

Os Festivais da Canção têm uma importância fundamental na história da Música Popular Brasileira das últimas décadas. A chamada geração MPB, símbolo da agitação cultural e da renovação estética dos anos 60, fez do palco privilegiado dos festivais o seu espaço de lirismo, combate, emoção e protesto. Músicas como A banda , Alegria alegria e Domingo no parque , compositores como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Edu Lobo, intérpretes como Elis Regina, Nana Caymmi e Milton Nascimento foram praticamente revelados ao grande público nesses eventos.
A chamada “Era dos Festivais”, símbolo da música popular na década de 60, ocorreu em um período de grande turbulência na história recente do Brasil. Em termos culturais, os festivais representaram um singular momento de transformação artística, pautada no experimentalismo e na criatividade. No campo político, respaldados por uma enorme participação popular, eles se caracterizaram pela crítica social e por um forte espírito combativo, um verdadeiro ato de resistência à ditadura militar implantada no Brasil.
A partir do acervo do Instituto Cultural Cravo Albin, e de outras fontes de pesquisa, foi realizado o levantamento do material que consta deste catálogo, em especial, as capas de disco relativas aos inúmeros Festivais da Canção realizados em todo o Brasil. Dos mais famosos aos praticamente desconhecidos, do Rio e São Paulo ao interior do país, buscou-se atualizar o tema, trazendo para o público familiarizado e, principalmente, para as novas gerações, uma seleção representativa de um dos mais férteis momentos de nossa produção musical.
O pesquisador e crítico musical Zuza Homem de Mello, um dos maiores especialistas no assunto, assina a apresentação deste catálogo.
Instituto Cultural Cravo Albin



A História da MPB

Os Festivais de Música Popular


     Com os acontecimentos de 1964, a concientização popular aumentou e começaram a surgir protestos de todas as áreas ligadas à cultura. Na música popular, os artistas sentiram necessidade de compor canções de cunho social e isso culminaria com os festivais, que foram, sem dúvida alguma, a mais brilhante fase de nossa música, na década de sessenta, depois do advento da Bossa Nova. O primeiro festival realizado foi o da TV Excelsior de São Paulo que aconteceu em Guarujá, durante o mês de abril de 1965 e teve como finalistas as músicas: "Arrastão", de Edu Lobo e Vinícius de Moraes, interpretada por Elis Regina (1º lugar): "Valsa do Amor Que Não Vem", de Baden Powell e Vinícius de Moraes, interpretada por Eliseth Cardoso (2º lugar); "Eu Só Queria Ser", de Vera Brasil e Míriam Ribeiro, interpretada por Claudete Soares (3º lugar); "Queixa", de Sidney Miller, Zé Keti e Paulo Tiago, interpretada por Ciro Monteiro (4º lugar); "Rio do Meu Amor", de Billy Blanco, interpretada por Wilson Simonal (5º lugar).

O enorme sucesso desse festival daria margem à realização de uma série de outros e o segundo aconteceu logo no ano seguinte, no mês de junho, tendo por finalistas: "Porta-estandarte", de Geraldo Vandré e Fernando Lona, interpretada por Tuca e Airto Moreira (1º lugar);"Inaê", de Vera Brasil e Maricene Costa, interpretada por Nilson (2º lugar); "Chora Céu", de Adilson Godói e Luís Roberto, interpretada por Cláudia (3º lugar); "Cidade Vazia", de Baden Powell e Lula Freire, interpretada por Milton Nascimento (4º lugar); "Boa Palavra", de Caetano Veloso, interpretada por Maria Odete (5º lugar). Ainda no ano de 1966, durante os meses de setembro e outubro, realizar-se-ia mais um festival, desta vez pela TV Record, também de São Paulo, cujas finalistas foram: "A Banda", de Chico Buarque, interpretada por Chico Buarque e Nara Leão (1º lugar); "Disparada", de Geraldo Vandré e Theo de Barros, interpretada por Jair Rodrigues, Trio Maraiá e Trio Novo (também em 1º lugar); "De Amor ou Paz", de Luís Carlos Paraná e Adauto Santos, interpretada por Elza Soares (2º lugar); "Canção para Maria", de Paulinho da Viola e Capinam, interpretada por Jair Rodrigues (3º lugar), "Canção de Não Cantar", de Sérgio Bittencourt, interpretada por MPB-4 (4º lugar); "Ensaio Geral", de Gilberto Gil, interpretada por Elis Regina (5º lugar).

Em 1967, realizou-se no Teatro Paramount, o III Festival de Música Popular Brasileira, o mais famoso entre todos registrados no Brasil, o que maior sucesso alcançou e o que maior número de compositores novos deu à música popular. Foram suas finalistas: "Ponteio", de Edu Lobo e Capinam, interpretada por Edu Lobo, Marília Medalha e Quarteto Novo (1º lugar); "Domingo no Parque", de Gilberto Gil, interpretada por Gilberto Gil e Os Mutantes (2º lugar); "Roda Viva", de Chico Buarque, interpretada por Chico Buarque e MPB-4 (3º lugar); "Alegria, Alegria", de Caetano Veloso, interpretada por Caetano Veloso e Beat Boys (4º lugar); "Maria, Carnaval e Cinzas", de Luís Carlos Paraná, interpretada por Roberto Carlos e O Grupo (5º lugar). Durante os meses de novembro e dezembro de 1968, acontecia no Teatro Record o IV Festival de Música Popular Brasileira, que teve como vitoriosas do júri especial e do júri popular, respectivamente: "São Paulo, Meu Amor", de Tom Zé, interpretada por Tom Zé (1º lugar); "Memórias de Marta Saré", de Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri, interpretada por Edu Lobo e Marília Medalha (2º lugar); "Divino Maravilhoso", de Caetano Veloso, interpretada por Gal Costa (3º lugar); "Dois Mil e Um" de Rita Lee e Tom Zé, interpretada por Os Mutantes (4º lugar); "Dia da Graça", de Sérgio Ricardo, interpretada por Sérgio Ricardo e Modern Tropical Quintet (5º lugar); "Benvinda", de Chico Buarque, interpretada por Chico Buarque (1º lugar); "Memórias de Marta Saré" (2º lugar); "A Família", de Chico Anísio e Ari Toledo, interpretada por Jair Rodrigues (3º lugar); "Bonita", de Geraldo Vandré e Hilton Accioly, interpretada por Trio Maraiá (4º lugar); "São Paulo, Meu Amor" (5º lugar).

O V Festival de Música Popular Brasileira, mais uma produção da TV Record, deu-se em novembro de 1969 e nele se classificaram: "Sinal Fechado", de Paulinho da Viola, interpretada por Paulinho da Viola (1º lugar); "Clarisse", de Eneida e João Magalhães, interpretada por Agnaldo Rayol (2º lugar); "Comunicação", de Hélio Mateus e Edson Alencar, interpretada por Vanusa (3º lugar); "Gostei de Ver", de Eduardo Gudin e Marco Antônio da Silva Ramos, interpretada por Márcia e Originais do Samba (4º lugar); "Monjolo", de Dino Galvão Bueno e Milton Eric Nepomuceno, interpretada por Maria Odete (5º lugar). Paralelamente aos festivais nacionais de música popular, aconteciam, desde 1966, os festivais internacionais da canção popular, nos quais a música popular brasileira teve participação destacada. No Primeiro Festival Internacional da Canção Popular, realizado em 1966, "Saveiros", de Dory Caymmi e Nelson Mota, interpretada por Nana Caymmi, ficaria com o 1º lugar; Em 1967, no II FIC, o 1º lugar seria de "Margarida", de Gutemberg Guarabira, interpretada por Gutemberg Guarabira e Grupo Manifesto; o 2º lugar ficaria para "Travessia", de Milton Nascimento e Fernando Brant, interpretada por Milton Nascimento e "Carolina", de Chico Buarque, interpretada por Cynara e Cybele, classificar-se-ia em 3º lugar.

Em 1968, no III FIC, "Sabiá", de Chico Buarque e Tom Jobim, interpretada por Cynara e Cybele e "Caminhando", de Geraldo Vandré, interpretada por Geraldo Vandré, arrebataram, respectivamente, os 1º e 2º lugares. Nos festivais internacionais seguintes, realizados até 1972, as primeiras colocações também ficaram para as músicas brasileiras, como acontecia desde 1966, quando da realização do primeiro da série. Com exceção deste, os demais festivais internacionais da canção foram produzidos pela TV Globo, que anos mais tarde reviveria, com o Festival Abertura, realizado em 1974, e, depois, com os festivais da canção dos anos oitenta, aquele clima inesquecível, que marcou uma época gloriosa da história da música popular brasileira.